Há indícios de que este reino tenha se
desenvolvido entre os séculos XII e XIII, onde hoje estão Nigéria e
Camarões. Desde cedo, essa região passou
por um processo de urbanização, e as cidades se converteram em reinos. Sua localização
favorecia o encontro de mercadores.
A principal atividade econômica do reino de
Benim era o comércio de sal, peixe seco,
inhame, dendê, feijão, animais de criação, o cobre, produto raro, só possível
para os mais poderosos, ou seja , os mais ricos. Produtos como pimenta, marfim,
tecidos e escravos eram comercializados ativamente com os reinos de Ifê e o
reino Iorubá. Para prevenir a redução da população nativa, o governo proibiu a
exportação de escravos masculinos e os importou da África ocidental para
comerciá-los com os europeus a partir do século XVI.
Cronistas
descreveram a cidade do Benin com grandes muralhas e um palácio decorados com
placas de latão presas às paredes. Nessas placas, era contada a história do
reino: feitos do obá (titulo do principal chefe do reino que se tornou o supremo
poder na região), as caçadas, as guerras e os primeiros contatos com os
portugueses, por volta de 1485.
A chegada dos europeus foi registrada pelos artistas
africanos com imagens esculpidas nessas placas e em pequenas estatuetas de
marfim.
Cabeça de marfim, Império de Benim,
século XVI (Metropolitan Museum of Art).
(Extraído do blog: civilizacoesafricanas.blogspot.com)
O reino de
Benin se desintegrou no século XIX, sob o domínio dos ingleses.
O contato entre os reinos
africanos
A interação
destes reinos acima estudados, e demais reinos africanos ocorreu através do
comércio, ora através de relações pacificas , ora conflituosas, como foi o caso
do reino de Gana que no século XIII foi governado por Sundiata Keita, rei do
Império do Mali.
Quando os
europeus começaram a explorar a costa africana, no século XV, encontraram
diferentes povos, com línguas, tradições e costumes distintos. O contato dos
europeus com essa diversidade de etnias, por meio da exploração das terras
africanas e do escravismo, produziu um intercâmbio cultural que se pode notar em
quase todo o planeta. No Brasil podemos reconhecer a África na capoeira,
embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros
quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos
instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Estamos ligados ao continente
africano de forma indissolúvel.
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