Reinos Africanos.
Esse blog foi feito para um trabalho de historia da professora: Virginia, com a intenção de mostrar mais sobre os reinos africanos a população. Grupo: {Caio,Lucas Alves,Whitnei,Walter Winicius,João Pedro,Jose Marcos}.
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quinta-feira, 16 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Reino do Benin: “os feitos de obá”
Há indícios de que este reino tenha se
desenvolvido entre os séculos XII e XIII, onde hoje estão Nigéria e
Camarões. Desde cedo, essa região passou
por um processo de urbanização, e as cidades se converteram em reinos. Sua localização
favorecia o encontro de mercadores.
A principal atividade econômica do reino de
Benim era o comércio de sal, peixe seco,
inhame, dendê, feijão, animais de criação, o cobre, produto raro, só possível
para os mais poderosos, ou seja , os mais ricos. Produtos como pimenta, marfim,
tecidos e escravos eram comercializados ativamente com os reinos de Ifê e o
reino Iorubá. Para prevenir a redução da população nativa, o governo proibiu a
exportação de escravos masculinos e os importou da África ocidental para
comerciá-los com os europeus a partir do século XVI.
Cronistas
descreveram a cidade do Benin com grandes muralhas e um palácio decorados com
placas de latão presas às paredes. Nessas placas, era contada a história do
reino: feitos do obá (titulo do principal chefe do reino que se tornou o supremo
poder na região), as caçadas, as guerras e os primeiros contatos com os
portugueses, por volta de 1485.
A chegada dos europeus foi registrada pelos artistas
africanos com imagens esculpidas nessas placas e em pequenas estatuetas de
marfim.
Cabeça de marfim, Império de Benim,
século XVI (Metropolitan Museum of Art).
(Extraído do blog: civilizacoesafricanas.blogspot.com)
O reino de
Benin se desintegrou no século XIX, sob o domínio dos ingleses.
O contato entre os reinos
africanos
A interação
destes reinos acima estudados, e demais reinos africanos ocorreu através do
comércio, ora através de relações pacificas , ora conflituosas, como foi o caso
do reino de Gana que no século XIII foi governado por Sundiata Keita, rei do
Império do Mali.
Quando os
europeus começaram a explorar a costa africana, no século XV, encontraram
diferentes povos, com línguas, tradições e costumes distintos. O contato dos
europeus com essa diversidade de etnias, por meio da exploração das terras
africanas e do escravismo, produziu um intercâmbio cultural que se pode notar em
quase todo o planeta. No Brasil podemos reconhecer a África na capoeira,
embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros
quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos
instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Estamos ligados ao continente
africano de forma indissolúvel.
Reino do Congo: “saudações ao manicongo”
Fundado no século XIV, o reino do Congo abrangia
grande extensão da África centro-ocidental e se compunha de diversas províncias,
governado por um rei que recebia o título de Manicongo. Hoje a região que fazia parte do reino Congo,
recebe o nome de Republica Democrática do Congo.Os habitantes do reino do Congo
organizavam-se em vários clãs. Esses clãs eram compostos de pessoas que
acreditavam descender de um mesmo antepassado.
A base da
economia do Congo era a agricultura, pastoreio e o comércio. O comércio no
território do Congo era intenso, os comerciantes congoleses lucravam com a
comercialização de tecidos, sal, metais e derivados de animais, como o marfim. O
comércio poderia ser à base de trocas ou com moedas (conchas chamadas de nzimbu)
encontradas na região de Luanda em Angola.
O manicongo,
cercado de seus conselheiros, controlava o comércio, o trânsito de pessoas,
recebia impostos, exercia a justiça, buscava garantir a harmonia da vida do
reino e das pessoas que viviam nele.
Os limites do
reino eram traçados pelo conjunto de aldeias que pagavam tributos ao poder
central, devendo fidelidade a ele, recebendo proteção, tanto para assuntos deste
mundo como para os assuntos do além, pois manicongo também era responsável pelas
boas relações com os espíritos e os ancestrais.
Em 1483 iniciou
no reino do Congo o contato com os portugueses.
O império do Mali: o “lugar onde o senhor reside”
Este império
desenvolveu-se entre os séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia
sobre a bacia do Rio Níger. Constituído pela atual República de Mali e algumas
regiões dos atuais Senegal e Guiné, o reino do Mali, no século XIV, expandiu-se
por meio da anexação das cidades de Tombuctu, Gao e Djenne que foram importantes
cidades, centros de troca e de concentração de pessoas, graças à rede de rios
que fertilizava as terras e facilitava o transporte na
região.
O Mali era um
império poderoso, pois controlava o comércio transaariano e as rotas
caravaneiras que se dirigiam para as principais cidades do reino, localizados em
sua maioria às bordas do Rio Níger, semelhante a rota comercial de Gana. O comércio e principalmente as taxas sobre o
tráfico de ouro, sal, escravos, marfim, noz-de-cola e outros produtos eram
fundamentais para a manutenção do Estado, da corte e do mansa. O artesanato era
bastante desenvolvido. Cada grupo de artesãos tinha seu representante junto ao
imperador. Os governantes do Mali recebiam
o título de mansa. Viajantes árabes relatavam histórias de alguns governantes
que se tornaram famosos, como Sundiata, herói fundador que reinou de
1230 a
1255, e Mansa Musa, que governou entre 1312 e 1337.
Mansa
Musa
- (Extraído do blog:
civilizacoesafricanas.blogspot.com)
A cidade de Tombuctu destacou-se como grande
centro cultural do continente africano, onde havia vastas bibliotecas, madrassas (universidades
islâmicas) e magníficas mesquitas que é o lugar onde a comunidade muçulmana
se reúne para tratar de todas as questões que lhe interessa, questões
religiosas, sociais, políticas
e locais e também para rezar. Além disso, a cidade passou a ser o ponto de
encontro de poetas, intelectuais e artistas da África e do Oriente Médio. Mesmo
após o declino do império, Tombuctu permaneceu como um dos principais pólos
islâmicos da África subsaariana. Em 1988, a cidade de Timbuctu foi
declarada patrimônio mundial pela UNESCO.
Vale destacar que as 150 escolas que existiam em
Tombuctu eram muito diferentes das escolas medievais européias. Não possuíam uma
administração central, registros de estudantes ou cursos pré- determinados. Eram
formadas por diversas faculdades independentes. Os estudantes se associavam a um
único professor, o objetivo do ensino era transmitir os ensinamentos do Alcorão,
livro sagrado do islamismo.
É importante
mencionar que o império do Mali e também de Gana assimilaram a cultura e a
religião islâmica. Maomé que viveu entre Meca e Medina, de 570 a 632, foi fundador do Islã,
que significa submissão a um deus, única e onipotente. A religião vinha
acompanhada de maneiras de viver e de governar próprias do mundo árabe, chamadas
de muçulmanas, sobre este assunto estudaremos com mais detalhes mais
adiante.
O reino de Gana: a “terra do ouro”
Localizado a
oeste do continente africano, em uma zona chamada Sael e ao sul do Deserto do
Saara, região também conhecida como África Subsaariana, o Reino de Gana cresceu
a partir do ano 300 e teve seu apogeu entre os séculos IX e X, quando dominou os
povos vizinhos e ocupou uma faixa territorial maior do que ocupa nos dias de
hoje.
O rei recebia o título de gana e era visto como
elo entre os deuses e os homens. Ele liderava um poderoso exército e ocupava o
topo de uma sociedade hierarquizada. Sacerdotes, nobres e funcionários cuidavam
da administração do reino.
A população se
dedicava à agricultura e à criação de gado, mas o comércio era a principal
atividade econômica do reino. O Reino de Gana controlava as rotas de comércio
que atravessavam o Saara e chegava às cidades e aos portos do norte África. Esse
comércio era feito por meio de caravanas de camelos, pois esses animais
conseguem viver com pouca quantidade de água.
O principal
artigo transportado era o ouro retirado das minas do sul de Gana, isso explica
por que seus reis eram chamados pelos povos do norte de “senhores do ouro”.
Durante o domínio português, Gana era chamada de Costa de Ouro, por causa da
grande quantidade de jazidas de ouro nessa região. Atualmente, ao lado da
exportação de cacau e de madeira, a exploração de ouro ainda é uma das atividades econômicas
mais importantes do país. Gana é um dos maiores produtores de ouro do
mundo.
Também se
comercializava o sal, extraído das salinas do litoral ou das jazidas no deserto.
Do norte vinham produtos manufaturados, tecidos europeus asiáticos, barras de
cobre, contas de vidro e tipos diferentes de arma que abasteciam as sociedades
africanas.
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